Saturday, November 12, 2005

Para ti

Hoje, pela primeira vez escrevo para ti. Não sei porque o faço se a distância que nos separa não pode ser quebrada pelas palavras. Há muito que nunca te disse e outro tanto que continuará sem se dizer. Nem estas palavras que agora aqui escrevo serão suficientes para dizer aquilo que não consigo dizer.

Tenho um passado e um presente. Não sei se terei um futuro porque não posso adivinhar quando tudo acaba, mas tenho a certeza que nada se repete. No entanto a minha vida é passada na repetição de situações que são indiscutivelmente a mesma. É difícil conseguir explicá-lo quando nem eu o entendo.
Aquilo que eu era ontem, já não sou hoje, nem serei jamais. Aquilo que me davas ontem, não me voltarás a dar. E os meus olhos deixam cair uma lágrima ao pensar na repetição de coisas que não se repetirá. Onde estás? Em que lugar do Universo encontrarei o teu sorriso?

Já não és nada. Já não sou nada. Deixei os restos de mim espalhados pelo chão que piso. Nada será como dantes. Tudo está desfeito como a alma que não possuo.

1 Comments:

Blogger Mirth said...

Muito bom.. as coisas n têm q se repetir, a piada de se viver é q sempre vivemos coisas novas.. e sempre viveremos coisas mais lindas e cativantes q tudo o q já vivemos..

1:31 AM  

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