Inexplicavelmente
Não esperava nada de ti. A verdade é que não. E inexplicavelmente foste tudo o que eu esperava. Foste o sol e o chão. A noite clara. Foste o canto sem música. Foste a palavra proibida revelada. Foste o dia com sentido. Foste a fotografia pintada. Foste o sonho. A maresia. Foste a incerteza na certeza. Foste o ontem e o amanhã. Foste a minha paz. Foste o meu sorriso. Foste os meus olhos. Foste o sangue corrente nas veias. Foste o inesperado. A minha surpresa. Festa de fim-de-ano em Maio. Foste o aqui e o agora, passando pelo talvez. Foste o meu princípio e o meu fim. E não digo que amanhã serás tudo outra vez. Não digo que amanhã não sejas terra. Não sejas pó. Não sejas cinza e nada. Não digo nada. Fico calada a ver. E a reviver o que senti hoje. E a reviver os lábios.
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