Tuesday, October 05, 2010

Se tivesse que contar esta história com imagens, começaria com o sorriso. E depois, imediatamente a seguir, o olhar.

Existe uma noite onde ainda me perco, onde ainda gosto de vaguear nos dias em que a saudade aperta. É uma noite cheia de pessoas, cheia de risos, de copos esvaziados, de palavras perdidas na memória, ruas que à distância parecem diferentes. É nesta data que começa a estória. Não é uma estória de amor. É uma estória de... Não sei bem como chamar-lhe. Uma estória de um encontro sem história. Um encontro que acontece em determinado momento do tempo e aí deve permanecer, sem que nele se remexa.

Há dias em que a loucura me tolda o pensamento. Há dias em que a lucidez me tolda o coração. A cabeça empurra-me para a segunda e a alma leva-me para a primeira.
Há dias em que as saudades crescem e viajo com imagens até ao primeiro dos primeiros momentos. Há dias em que o pensamento dispara e tudo o que consigo ver na minha frente são pedaços rasgados da memória.

Procuro, desde quando não sei. Procuro à espera de encontrar. Procuro com quem não sabe que não deve procurar. E inevitavelmente espero. Espero mesmo sem expectativas. Espero de toda a gente mesmo sabendo que não devo esperar. E agora duas opções apenas: esperar a desilusão ou nunca mais esperar seja quem for, quando for?

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