Thursday, February 10, 2011

Liberdade

Duas mãos dadas. Duas mãos apertadas com força. Dois pares de pés que caminham lado a lado. O cenário é azul. Um céu e mar que se misturam. A areia é branca. Os passos avançam devagar. Sem pressa que há tanta vida. O vento empurra os cabelos para trás. Sente-se na pele a maresia. O dia está claro. O sol espreita entre duas nuvens. Esconde-se de novo, apanhado que foi a espiar os amantes. Páram os passos. As duas mãos que estavam dadas são agora quatro. Olham-se de frente. Dois rostos aproximam-se. São os rostos deles. Vêem-se um no outro como num espelho. Os olhos brilham mais. Lentamente as duas faces tocam-se. Deixam-se ficar, sem pressa. Mas os lábios também querem fazer parte desta história. Primeiro um toque tímido, depois um beijo. Ou dois. Foram muitos mais. O tempo parou. O mundo parou. As pessoas existem à sua volta, passam por eles. Não se escondem. Deixam-se ficar no centro do universo em que se sentem. Sem medo.

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