Ruínas do sonho
As ruas da cidade não são as mesmas que outrora. Os espaços não são os mesmos, os lugares estão diferentes. Há gente na rua. Há gente na casa. Não as conheço, não sei quem são. Duas gentes diferentes. Duas ruas desiguais. Há silêncio inocente. E há barulho nos umbrais. Há vazio que desassossega. Há preenchimento que cega... Há ternura que não vem porque de pedi-la não há coragem. Há gestos que não se concretizam porque a experiência o desaconselha. E quando se cumprem os gestos o que sobra? A mágoa do tempo perdido, das horas em que a esperança de ver surgir lá no fundo o que se buscava era maior que qualquer pensamento de fracasso... E depois há sempre a revelação. Há sempre o esperar, que pode ser diferente. Que afinal não percebi bem. Que não é bem como estão a dizer que é.
E no final a queda do muro que se constuiu e que nos elevava ao céu. A queda do cimo do monte que nos mostrava o sol. A queda da vida. A queda da ilusão. A queda do que não existia senão na nossa cabeça. A queda do ser assim. A queda do deixar para depois. A queda do acreditar. A queda do desenlace. A queda do final.
E no final a queda do muro que se constuiu e que nos elevava ao céu. A queda do cimo do monte que nos mostrava o sol. A queda da vida. A queda da ilusão. A queda do que não existia senão na nossa cabeça. A queda do ser assim. A queda do deixar para depois. A queda do acreditar. A queda do desenlace. A queda do final.
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