Até ao fim do fim
Mas sempre que te vir eu vou sofrer
E sempre que te ouvir eu vou calar
Cada vez que chegares eu vou fugir
Mas mesmo assim amor eu vou-te amar
Até ao fim do fim eu vou-te amar
E sempre que te ouvir eu vou calar
Cada vez que chegares eu vou fugir
Mas mesmo assim amor eu vou-te amar
Até ao fim do fim eu vou-te amar
Ana Moura
Não te sei há meses. Não te sei há tempo tão longínquo, distante que o que te soube já não sabe a nada. Na boca fica apenas o sabor de saber que te tive por instantes. Não te sei há tanto tempo que já não consigo lembrar-me como era quando te sabia. Quando te encontrava onde esperava, quando desejava encontrar-te. Te buscava. E agora nada. Não sei de ti e não te quero saber. Não quero o teu sabor, teu cheiro. Tuas palavras, gestos. E a cada nota fujo de ti. Não te sei e não te quero saber. Repito-o na convicção de um dia melhor. Na esperança de uma crença tornada realidade. Se minto...
Tens razão, sempre tiveste razão. Em cada canto de mim procuro o teu círculo. Procuro a perfeição de ti que eu sempre imaginei e desejei e quis. Procuro saber de ti e sofro por não haver nada de ti que me possa dizer respeito. Choro por cada lágrima que já deixei cair, por cada acto transacto estúpido que me levou para sempre. Não sei hoje de ti. Não o soube ontem. Não o saberei amanhã. Não mais saberei. Mas até ao fim do fim eu vou...
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