Friday, May 23, 2008

Lágrimas

Há sempre uma e outra e outra. Estão presas, escondidas, guardadas no seu silêncio. Mas um dia, mais cedo ou mais tarde teimam em libertar-se, e a prender assim a minha alma. Ser ou não ser feliz. Ter ou não ter direito aos sonhos... Ter uma vida pela frente e não ter vontade de a viver. Mas se tenho tanta... Que caminho sigo, que luta esta que não consigo vencer. Estou cansada de hoje mais, desta noite mais. Deste dia mais que se esgotou. Ainda há pouco via o sol nascer.
E elas vêm. Descem por mim, como as mãos mais sábias, mas não deixam um rasto de ternura. Tudo o que delas se solta é raiva, é vontade de mudar e não saber como, é querer isto e tudo mais. E ter direito a dormir, direito, uma vez mais, a sonhar. E sobretudo, são a dor de não ver os sonhos serem realidade.

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