Olho para a tua fotografia. Olho só por olhar. Olho para me maltratar. Para me castigar nem sei bem porquê. Olho. Sei que não devia, mas não consigo evitar. A tua imagem seduz-me. O teu toque seduz-me. O desejo de te ter seduz-me. Não estás aqui por perto. Estou sozinha mas imagino-te aqui. O teu corpo no meu, a tua mão na minha... Para onde foi isso? Ainda me segues? Páras para olhar fotografias minhas? Lês e relês todas as cartas que te enviei tal como faço com as tuas? Recordar é tudo o que me resta. Não há futuro a que me possa agarrar. Pelo menos neste aspecto. E o presente vai-se tornado cada vez mais um resto de vida que colecciono... E de novo uma pergunta. Quanto tempo vou durar assim?
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