Casacos e afins
Eu sei que tenho que escolher o preto. Porque é quente, confortável, fofinho e fica bem com tudo. Exactamente o que eu preciso. É esse que tenho que levar para casa. É o melhor para mim. Pego nele, embora saiba que há algo no preto que não me satisfaz. Quero algo diferente, o preto não me preenche totalmente por muito que seja o melhor. Ao passar pelo corredor de acesso à caixa (para fechar de vez este casamento perfeito) os meus olhos deparam-se com outro. Branco. Atractivo. Chega a parecer que tem luz própria. Chama-me baixinho, pisca-me o olho. Ah! De onde veio este? Quero-o tanto. Tem de se. Apaixonei-me. Atiro o preto para um canto e corro na direcção do branco. Agarro-o com as duas mãos. Sinto-o ao toque... É tão macio, tão suave. O preto seria muito melhor, mas este tem qualquer coisa que não sei explicar e que me faz querer levá-lo para casa.
Experimento-o pela primeira vez. As suas linhas assentam na perfeição neste meu corpo imperfeito. Olho-me e volto a olhar-me no espelho vezes sem conta. Sei que é um erro, mas já não posso fazer nada. Apaixonei-me. Só quero tê-lo comigo, levá-lo para casa e vesti-lo todos os dias. Quero que seja meu. Vai ser, dentro de breves instântes. O tilintar da caixa fecha o meu romance. Apanhei-o. É meu.
Visto-o. Uma, duas, três vezes. À terceira, o morango que era quase doce não acertou na boca e veio escorregar directamente no branco imaculado que era ele. Num súbito impulso tento salvá-lo, remediar a situação, fazer com que não se perca para sempre, mas lá no fundo sei que sim. Soube desde o princípio que seria um erro e fui eu que o escolhi. Irracionalmente, sem pensar. Atraída até à raíz dos cabelos por tudo aquilo que ele me podia trazer. Não durou muito. Mas o que é que eu podia fazer? Apaixonei-me...
Experimento-o pela primeira vez. As suas linhas assentam na perfeição neste meu corpo imperfeito. Olho-me e volto a olhar-me no espelho vezes sem conta. Sei que é um erro, mas já não posso fazer nada. Apaixonei-me. Só quero tê-lo comigo, levá-lo para casa e vesti-lo todos os dias. Quero que seja meu. Vai ser, dentro de breves instântes. O tilintar da caixa fecha o meu romance. Apanhei-o. É meu.
Visto-o. Uma, duas, três vezes. À terceira, o morango que era quase doce não acertou na boca e veio escorregar directamente no branco imaculado que era ele. Num súbito impulso tento salvá-lo, remediar a situação, fazer com que não se perca para sempre, mas lá no fundo sei que sim. Soube desde o princípio que seria um erro e fui eu que o escolhi. Irracionalmente, sem pensar. Atraída até à raíz dos cabelos por tudo aquilo que ele me podia trazer. Não durou muito. Mas o que é que eu podia fazer? Apaixonei-me...
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