Cuerpo oco
Creio na realidade desconfigurada da figura humana. Creio na realidade não exitencial, não creio em nada. Ontem una réstia de passado acendeu em mim uma chama, ao mesmo tempo que outra se apagava. Não pode isto ser amor. Não pode isto ser nada. Hoje lembro-me perfeitamente daquilo que não queria esquecer, daquilo que aqui escrevi com medo de um dia não o perceber porquê. A verdade é que houve um dia em que me perguntei o que queriam dizer essas palavras que já não as compreendia eu. E agora aviva-me tanto a memória. Agora questiono-me como foi possível um dia esquecer o que tu és. E recordo cada vez melhor o que a mente apagou. Revejo na minha frente uma imagem dispersa, desfocada, difusa, mas a imagem de ti. O sorriso, o olho, nariz. A boca, o braço. Abraço. Revejo tudo, ainda que a mente não o consiga construir. E quero acreditar mas sem consegui-lo.
Imagino o próximo dia e o espaço físico que nos separará como sempre. Voltarás para trás desse muro que me separa, e eu voltarei a esquecer, até ao dia em que tudo volte a mim. Volta a mim, volta. Pensar que nada poderá algum dia ser diferente daquilo que é. Mas ter a certeza, uma vez mais repetindo-o, ter a certeza que não pode ser amor. Não pode. Não pode. Digo-o como que para convencer o espírito de que não é mesmo. Não o é. E um dia esquecerei. De facto. Totalmente. Um dia esquecerei quem foste e como me fazias sentir. Um dia esquecerei como a noite parecia mais bela quando te sentia perto de mim. Um dia esquecerei tudo e pior do que isso, um dia não perceberei porque sentia assim. Um dia esquecerei aquele abraço, aquele beijo, o toque da pele. Um dia não restará nada para além do vazio. Esquecerei o teu nome, o teu cheiro, a tua voz. Um dia esquecerei as marcas, esquecerei o que me fazia feliz. O que tu me fazias feliz.
Não quero ter de esquecer. Quero ficar e ter-te para mim. Quero abraçar-te e nesse instante mudar a minha vida. Quero mudar por ti. Queria que mudasses por mim. Não queres, não me queres. Tenho medo de voltar porque sei que não me tratarás como antes. Mas sei que sentirás saudades. Ainda que não o admitas e o negues. Ainda que te mostres indiferente, sei que sentirás saudades e isso será o mais reconfortante para esta alma apagada. E todos os dias o poderei ler nas tuas mesmas palavras "saudade".
Imagino o próximo dia e o espaço físico que nos separará como sempre. Voltarás para trás desse muro que me separa, e eu voltarei a esquecer, até ao dia em que tudo volte a mim. Volta a mim, volta. Pensar que nada poderá algum dia ser diferente daquilo que é. Mas ter a certeza, uma vez mais repetindo-o, ter a certeza que não pode ser amor. Não pode. Não pode. Digo-o como que para convencer o espírito de que não é mesmo. Não o é. E um dia esquecerei. De facto. Totalmente. Um dia esquecerei quem foste e como me fazias sentir. Um dia esquecerei como a noite parecia mais bela quando te sentia perto de mim. Um dia esquecerei tudo e pior do que isso, um dia não perceberei porque sentia assim. Um dia esquecerei aquele abraço, aquele beijo, o toque da pele. Um dia não restará nada para além do vazio. Esquecerei o teu nome, o teu cheiro, a tua voz. Um dia esquecerei as marcas, esquecerei o que me fazia feliz. O que tu me fazias feliz.
Não quero ter de esquecer. Quero ficar e ter-te para mim. Quero abraçar-te e nesse instante mudar a minha vida. Quero mudar por ti. Queria que mudasses por mim. Não queres, não me queres. Tenho medo de voltar porque sei que não me tratarás como antes. Mas sei que sentirás saudades. Ainda que não o admitas e o negues. Ainda que te mostres indiferente, sei que sentirás saudades e isso será o mais reconfortante para esta alma apagada. E todos os dias o poderei ler nas tuas mesmas palavras "saudade".
0 Comments:
Post a Comment
<< Home