Sunday, October 30, 2005

Sonho

Estás aqui mas não estás. Passas por mim e o teu olhar não diz nada. há silêncio que não se quebra, palavras que não se cruzam porque não são pronunciadas.
Um deserto de imagens frias ocupa-me a mente. É preciso partir mas quero ficar. Não posso fugir da realidade que me consome. Tu não existes. És um sonho que tive numa noite de verão. Deixaste-me só quando despertei. E toda a realidade voltou a ser uma.

Friday, October 28, 2005

Fuga do tempo

De novo aqui estou. Mais uma vez só num local que desconheço(mas que tão bem o conheço eu!). há imagens descontínuas, dispersas na sua forma e essência, imagens que inundam a minha mente. o sonho é esquecê-las e continuar preso a elas.
o misterio prende as minhas palavras. havia tanto para ser dito mas tão pouco tempo para dizê-lo. ha algo em mim que desperta quando o tempo passa: é o ser e não ser, sendo. querer e fugir ao mesmo tempo. havia tanto para ser dito... mas não há tempo.

Sunday, October 23, 2005

Do nada

Num momento louco crio uma frase. No momento seguinte desfaço-a como se de uma ofensa se tratasse. As palavras são sórdidas e os sentimentos absurdos. Há tanto para se dizer e palavras que não vêm. E neste entretanto fica o vazio do querer dizer e não saber como. Nada... milhares de coisas se querem transmitir e não se consegue. Porquê uma palavra para transmitir precisamente aquilo que não existe, aquilo que está ausente? Nada...
E havia tanto que eu queria dizer e não encontro as palavras....