Como um balão lá vou eu. O ar empurra-me para cima e a vida puxa-me para baixo em movimentos constantes que se vão repetindo ao longo do tempo. Hoje estou no topo, a voar, colada ao céu e amanhã estou na lama, a rastejar no chão. São emoções que aparecem e desaparecem sem que eu as possa controlar. Hoje sou a pessoa mais feliz do mundo, amanhã sou nada. Hoje rio, grito, falo, amanhã durmo e choro.
Se saio para a rua, ela continua calada nos seus gestos quotidianos. Tudo parece igual mas a minha alma desceu do voo em que subira. Desceu tão rápida, tão inesperadamente que caiu ao chão e patiu-se em mil bocados. Agora estou agachada e varrer cada pedaço de mim. A fazê-los desaparecer. Para que amanhã, quando o Sol nascer de novo no horizonte, não existirem vestígios desta alma desfeita. E a vida voltar a ser mais fácil.
Se saio para a rua, ela continua calada nos seus gestos quotidianos. Tudo parece igual mas a minha alma desceu do voo em que subira. Desceu tão rápida, tão inesperadamente que caiu ao chão e patiu-se em mil bocados. Agora estou agachada e varrer cada pedaço de mim. A fazê-los desaparecer. Para que amanhã, quando o Sol nascer de novo no horizonte, não existirem vestígios desta alma desfeita. E a vida voltar a ser mais fácil.