Thursday, June 19, 2008

Lágrima

Só uma. Apenas uma, e foi só pela surpresa. Não te deixo escapar outra vez...

Descoberta

Um sistema construído, fixo, imutável. Perfeito. Um sistema que talvez pudesse durar durante muito tempo. Um sistema que se repete muitas muitas vezes. Um sistema sem sistema. Um sistema que se desmorona de um só golpe. Para quê o engano? Para quê ter fé? Para quê acreditar? Desde o primeiro dia que se sabe que este sistema não funciona, tem as raízes apodrecidas da água das últimas chuvas e do cansaço. É um sistema sem fundamento, sem regra. Sem semelhanças, sem equivalências. É um sistema que esta destinado, desde o início, a não ser sistema. E só eu é que não o queria ver...

Friday, June 13, 2008

Amor-perfeito

Há dias em que choro em vão... E noutros sinto uma ternura tão grande que não consigo evitar que a minha cara se transforme num rio de lágrimas que vão correndo cada vez mais depressa. Perdoar tudo. Compreender tudo. Fazer tudo. Dar tudo. E eu não mereço.
Não é uma questão de aproveitar... É mesmo não resistir... E o toque era tão suave...

Monday, June 09, 2008

Reconstituição

Havia tanto que eu queria escrever aqui... Mas faltam sempre as palavras. E não é só isso... Já disse tanto, já mudei tantas vezes de opinião... Já não há nada de novo que possa acrescentar. A verdade (se é que há alguma verdade em tudo isto) é que as palavras que coloco aqui nunca são suficientes porque nunca as consigo fazer chegar a ti. E era isso que eu queria mais que tudo.

Sabes essa noite? Não a noite em que pensei que eras meu só porque eu o queria.. Não é essa, se bem que ainda agora sinto o peito a fervilhar quando recordo a tua boca na minha... Mas não é essa. Sabes a noite em que disse que te queria?? Nessa noite eu queria mesmo dizer tudo, queria dizer isso e muito mais porque não conseguia estar mais assim.. Mas as minha palavras não valem, não soam, não se fazem ouvir. E eu só queria encostar-te à parede e obrigar-te a quereres-me, tal como eu a ti.

E outra vez o mesmo... Ainda agora sinto o teu abraço a apertar o meu. A cada momento mais forte, a cada minuto mais intenso. E eu não te quero largar. Como te posso largar se te quero junto de mim?? E eu beijo o teu pescoço, porque é o único lugar que me permites beijar. E a pouco e pouco também o meu pescoço sente um beijo tímido... Talvez dois ou três... Difíceis de contar mas certamente os melhores de sempre... Não são suficientes para matar as minhas saudades de ti, mas podem pelo menos acalmar a minha alma que galopa no meu peito...

E, estupidamente, uma lágrima cai pelo meu rosto enquanto te recordo...

Sunday, June 08, 2008

Quem me dera que os teus lábios quisessem tocar os meus... É que os meus só pensam nisso...

Devaneio uníssono

Há coisas que só sei escrever para ti. Há coisas que apenas escrevo quando o pensar em ti é demasiado doloroso. Há coisas que vou escrevendo enquanto a dor me consome. Hoje aqui e agora. Amanhã, depois, talvez... Há coisas que não sei dizer, outras que não sei explicar. São do fundo da memória, mas prenderam-se dentro, tão dentro que estão coladas a mim e em mim. Há coisas que só sinto quando estou assim. Há coisas que preferia não ter feito. Não te ter nunca a ter-te apenas por um momento, por um devaneio. Devaneio uníssono... Não há volta a dar. Foi nesse dia que te ganhei, o dia em que te perdi.