Thursday, May 24, 2007

Sin embargo

Si yo te quisiera, qué harias para olvidarlo? No se termina el sueño porque no puedo dejarlo... Hay demasiado espacio, demasiadas emociones, demasiadas sensaciones, muchas vidas...

Me voy... Volveré aquí? Quizás vuelvas a mí una vez más, un día más...

Por cierto, quedarás...

Uma semana mais

Entraste. Não sei como porque a porta estava fechada. E eu não o queria. Juro que não o queria. Assim como não o quero agora. De estes momentos só quero recordar o que sentia. O que sinto agora. E recordar o que sonhei. O que sonho porque escrevo num passado que é o presente. Escrevo apenas porque quero recordar-me talvez um dia. Um dia em que o silencio entre dentro de mim e as lágrimas esborratem o papel. No dia em que eu voltar a sonhar acordada aquilo que és agora, mas que nunca serás... Escrevo porque não quero esquecer quem tu eras, quem tu és. Não quero esquecer este calor que sinto quando estou contigo, quando me tocas. Não quero esquecer o teu sorriso, o teu olhar no escuro. Nem tão pouco a tua voz que me fala naquele português que não entendo, a voz que me fala em portugués.

E de ti tenho a alma guardada. Mas só até ao próximo sábado. Só até a próximo dia em que entre pela porta fechada uma outra pessoa que eu não reconheça e que me faça pensar, até à próxima semana.

Não quero esquecer que escrevi isto para ti. Não posso esquecer porque no meu corpo há marcas que não quero apagar. E neste momento louco, desejo que me mates para que fiques eternamente em mim.

Monday, May 07, 2007

Amigos

A noite entra pela casa sem que ninguém se dê conta. Há gestos e palavras. Olhares e abraços. Partilha-se o copo e a mesa está posta. Há alegria. Nesta noite, neste dia, a vida parece bela.

Os amigos seduzem-se, uns partem outros querem ficar. Na noite desta casa vazia ainda há ruídos no ar. Uns sorriem, outros riem à gargalhada. Mas ninguém chora poruqe aqui, nesta noite, a vida parece bela.

Rompe o dia e na aurora o sol mostra o dia que não vem. Adormecem os corpos por entre garrafas vazias, partilha-se o mesmo quarto. E tudo acontece ao mesmo tempo. Naquela casa, naquele dia, Àquela hora, a vida é bela.

Imaginação

Não posso ficar mais tempo assim. Não posso deixar que isto me consuma uma e outra vez mais. Não posso deixar acontecer assim, sentir assim. Recordo as palavras que pronuncio e revejo nelas aquilo que não faço. Porque não o quero. Um beijo mais, um adeus mais. Uma última vez que não o é porque não a acredito. E a imaginação que me prende... a ti.