Monday, March 31, 2008

Confusão (parte 2)

Talvez afinal te queira por perto... Desconheço de onde parte este princípio. E quanto mais te quero por perto, mais descubro que talvez não estejas assim tão perto como eu pensava... Ou talvez estejas demais... Que foi aquilo que aconteceu? Dar uma ou duas palavras sobre o assunto, talvez? Porque não? E falar para quê?? Ainda todo o espaço não é teu... Entendes onde quero chegar... Eu fui devagarinho, com medo de falhar... Tanto tanto... E sei que vou estragar tudo. Que mais cedo ou mais tarde vou fazer com que tudo tenha um fim tão ligeiro como o seu começo. Ou o princípio. Mas se não os tenho. Se passo o dia a dizer que sim e que não e quando chega a noite digo que não e que sim. E quem não o entende sou eu, nesta segunda parte da minha confusão onde vou parar?

Saturday, March 29, 2008

Confusão...

Tens razão nas coisas que dizes, mas não dizes coisas da minha razão... Talvez porque não seja eu uma pessoa razoável, ou talvez só porque sim... Confusão. Quem és tu e quem sou eu? Desconheço... Vejo-te tão perto, mas quero-te longe. E sem saber a razão desta falta de razão... E no dia em que tudo fizer sentido para mim serei tão mais feliz... Com ou sem razão...

Tuesday, March 25, 2008

A pensar em ti...

O Sol brilha e a relva é verde! O Sol brilha e a relva é verde!!

Carolina Michaelis... Carolina Michaelis!

Sorri... Sorri!!

Sunday, March 23, 2008

Em que bolso vou guardar a saudade?? Voltar atrás... Só isso, só uma vez... Tudo por uma noite... Duas, talvez...
Gosta, ele...

Será? Dá-me a resposta.
Quer-me, quer-me...


Queres?

Porque esperas?

Tu que estás aí sentado nessa cadeira. Olhas para um ecrã seja ele qual for para matar os dias que não morrem por si próprios. Tu que aí estás, ligas a música e revês-te em qualquer uma das canções que ouves, com pena de ti próprio... Tu que aí te deitas à espera de um sinal que sabes, desde o começo, não receberás. Tu que aí sonhas, diz-me até onde vais quando voas e quantos metros tem a dor da tua queda. Tu aí, parado, a olhar o mundo, diz-me a que lugar pertences, que caminhos cruzaste para chegar ao fim da noite. Tu que aí repousas, vira a face para o céu e deixa que o ar da rua te acorde para a realidade. Tu que aí aguardas que tudo mude... Tu que aí estás, que aí estiveste toda a tarde à espera de um único gesto, diz-me porque não desistes... Diz-me porque uma vez e outra e outra te deixas levar para onde não queres, por pessoas que não conheces e, quando chega o crepúsculo, ainda tens na pele a esperança que só os vencedores têm. Tu que o sentes, que o sabes e reconheces, diz-me como fazes para apagar a alma nos dias em que ela mais arde no corpo. Diz-me tudo, diz e no final ajuda-me a esquecer.

Thursday, March 13, 2008

Memórias de um (ou mais) beijo

Abro os braços da minha memória e abraço neste instante as saudades do beijo que foi nosso. Quantos foram, quantos? Não sei, não me recordo... Gostar de ti dói tanto que não percebo porque gosto... Ou talvez não goste... A tua indiferença mata-me lentamente, assim como a tua atenção me consome a cada momento por querer mais, muito mais do que aquilo que me dás... E ver-te a cada dia mais longe... Preciso de ti, preciso do teu amor, do teu carinho, daquele que me davas e já não dás... Como pôde o que se passou tornar-te nessa pessoa que eu não conhecia... E preceber que gostas de estar longe de mim, que gostas, mais do que isso, de me ignorar e de fingir que não estou lá, que não sou eu, que não és tu e que tudo foi um erro. Isso já o percebi. E lamento-o por me ter feito regressar a este ponto onde eu não queria passar. Tudo isto por um simples beijo...

Sunday, March 09, 2008

Perfume

Trago o teu cheiro comigo para me lembrar como tu és. E nestes dias, todos os actos parecem mais belos porque sinto que estás comigo, que efectivamente estás por perto, ainda que seja ilusão. E o dia passa mais rápido...

...


Será que sabiamos desde o início que agora seria assim? Saudades do riso e do choro...



Ninguém disse que o riso nos pertence
ninguém perguntou nada.
Fui eu que julguei que podia arrancar sempre
mais uma gargalhada.

Mafalda Veiga


Monday, March 03, 2008

"Que me faz querer tanto ter-te aqui"

Por um momento, consigo sentir o teu cheiro como se estivesses aqui comigo. Por um momento breve, fugaz, uma loucura. Por um momento sinto-te aqui tão perto. Olho-nos e revejo tudo e imagino tudo outra vez... Não percebo de onde vem esta insanidade que te deseja, não sei de onde parte esta demência de te querer. Só sei que chega, cada vez mais cedo, a cada minuto mais. Tu. Apenas tu para sentir a vida mais viva. Tu, uma e outra vez para reconhcer em cada palavra o teu olhar. Tu. Em cada gesto rever o teu sorriso. Penso. Cada vez maior este vazio que me enche. Busco nas paredes que me aprisionam as janelas que me irão levar até ti. Penso nas portas que se fecharam e nas que voltei a abrir por saudade do passado. Penso em tudo o que mudaria só porque sim, se assim o quisesses. Que me faz querer tanto ter-te aqui? A resposta em cada letra. A resposta em cada nota de música, em cada acorde que entoa este cântico de ti, feito para ti e sobre ti, hoje, sempre e para todo o sempre. Instante inseguro da minha devassidão. Da minha insensatez, do desejo que me confude e do amor que não sei se sinto. No resumo estudado dos dias que passaram, revejo em ti o sonho que não o foi. A realidade que se alcançou apenas por um instante. E é nestes momentos em que te sinto mais comigo, mais presente, mais aqui, mas menos meu, nesses momentos busco no fundo da mala a última recordação que a memória me permitiu alcançar... "Arrepias-me..." Não fujas, não fujas. Eu não queria que sentisses assim... Aproximei-me apenas para te mostrar, não que sabia voar, mas que quando estou contigo as minhas asas crescem mais e mais e os meus braços enredam-se no teu pescoço sem que o possa evitar. E em cada instante a minha boca deseja a tua, mas não a procura, porque a recusa seria a dor suprema. A mortalha de uma vida despojada de tudo e de nada, mas contigo cada vez mais perto e mais fundo. Contigo a esmagar-me cada vez mais o coração com essas coisas que não sei o que são e que não compreendo. Há apenas em mim um passado e um futuro. E a vontade de o partilhar contigo é demasiado grande para me fazer compensar a dor de não partilhar a tua pessoa desde sempre. A raiva de não te ter desde o princípio nem nunca.

Saturday, March 01, 2008

Quem me dera repetir-te...