Wednesday, February 27, 2008

Só porque sim...

Uma saudade tão tão grande a bater com tanta força, tanta, que não consigo perceber como é possível estar longe e sobreviver.



Veio a manhã e diziam

telefona ao teu patrão, diz que hoje não vais

que viveste uns dias assim tão brutais

e que precisas de convalescença

sei lá, inventa qualquer coisa, uma doença

mete um atestado ou pede licença

sem prazo nem vencimento, se preciso for.


Sérgio Godinho

Saturday, February 23, 2008

Trinta e três coisas que gosto em ti (e ainda a crescer...)

Gosto do teu sorriso, dos teus olhos, do teu nariz, da tua boca. Gosto do teu cabelo, dos teus braços, da tua barriga. Gosto do teu queixo, dos teus dentes, das tuas orelhas. Gosto do teu olhar, do teu cheiro, dos teus beijos, dos teus abraços. Gosto da tua inocência, da tua simplicidade, da tua meninice. Gosto do teu carácter, da tua vaidade, da tua ingenuidade. Gosto quando gozas comigo, com a minha pouca habilidade para computadores, com a minha Moura. Gosto quando és mau para mim, quando és fofo, gosto quando és um doce. Gosto quando respiras, gosto quando falas, gosto dos teus silencios. Gosto da perfeição das tuas imperfeições, gosto daquilo que és, gosto daquilo que mostras. Resumindo, gosto de ti.

Tuesday, February 19, 2008

Busca

Nunca serás meu. Não serás meu. Digo-o todos os dias, para impedir que o meu cérebro (ou o meu coração ou o rim, quem sabe) não crie na minha alma mais estórias sem fim (porque nunca tiveram um começo...). E repito-o mais uma vez para certificar-me que funciona, que é eficaz e que não voltará a acontecer. Que não voltarei a ter sonhos que serão apenas quedas, para não sair magoada mais uma vez. Mas desta vez é, de facto, de vez e há um vazio que não consigo preencher de nenhuma outra forma... E procuro-o tanto... Noutras pessoas...

Sunday, February 17, 2008

Mim em ti

Não há espaço para mim, em ti. Tenho saudades de quando havia em ti um espaço para mim. Queria que houvesse para mim um espaço em ti. Oxalá em ti houvesse espaço para mim. O melhor de sempre seria um espaço para mim em ti, e em ti um espaço para mim. Isso seria feliz.

A vida não chega

Sinto-o. Sinto cada vez mais, cada dia mais. A cada momento mais. Sinto. Sinto-a. A tua falta. A tua distância. A tua indiferença. O tornar realidade de tudo aquilo que temia. O correr dos minutos aumenta aqui em mim algo que não consigo explicar. É cada vez maior, e cresce, cresce, a cada dia mais e mais. E eu penso em tudo o que podes estar a fazer, em todas as pessoas com quem gostarias de estar e não me revejo em nenhuma delas. Nem hoje, nem aqui nem agora. Mas nem amanhã ou depois. Nem nunca. Nunca neste tempo, nunca nesta vida. Só no sonho. No meu sonho, na cabeça, a minha. E quero-te tanto, tanto, tanto que não percebo como só pude descobri-lo agora. Como só te descobri agora...

E odeio-me por ser assim. Por falar assim, por não ter a tua idade. Odeio-me por sentir. Por saber que sim. E que não para ti.

Monday, February 11, 2008

"If I expected love, when first we kissed, blame it on my youth..."

Thursday, February 07, 2008

Roto

Não partas o meu coração. Não partas... Ele está tão desfeito, tão decomposto, tão amachucado que já nem parece um coração. Parece uma bola de ar feita de restos de almas comuns, que encontro por aí.

Não destruas mais o meu coração. Não destruas... Ele está tão magoado, tão ferido, tão dorido que não parece mais um coração. Parece a cinza que fica no chão depois da combustão do amor que se termina.

Não me deixes assim. Não deixes. Assim. Só. Quer-me. Quer-me. Hoje e amanhã e depois de amanhã e uma vez mais. Quer-me. Eu quero-te. Preciso do teu calor, do teu cheiro, do teu toque, do teu som, do teu paladar. Do teu sorriso. Preciso de senti-los meus. De sentir-te meu. De partilhar tudo de mim contigo. De pertencer ao teu mundo.

Desisto. Sim, desisto. Se soubesses... Não queria que tudo voltasse a ser como antes...
Olho para aquilo que me deixas ver de ti e sinto saudades. Já. Quem dera poder abraçar-te a cada momento...

Saturday, February 02, 2008

!!!

Um ano depois, questiono-me novamente sobre a importância de dois lábios que se fundem. Lentamente chegam à minha mente imagens desfocadas nas quais tu e eu somos apenas um. Onde começa este fogo que se alarga a todos os poros do meu corpo? E onde vai acabar a minha alma se esta dor não parar de crescer, se este sentimento que vai tomando força se apoderar de mim por completo? Como poderei suportar estar perto e longe de ti ao mesmo tempo? Qual o poder da tua boca que me fez ver o que eu ainda não tinha descoberto?

Lugar

Encontrei a minha alma fechada no peito, mesmo junto ao coração. Sei que está aí porque a sinto a doer. Cada vez mais cada vez mais à medida que penso no que se passou e no que não se vai voltar a passar... E depois de tanto te pensar, deixar que o medo me impeça de fazer o que quero, de dizer o que quero...