Friday, December 31, 2010

Agora é para ti. Só podia ser. De todo o tempo que vivi no meu conto de fadas, com princesas e princípes encantados resta pouco. Agora tu, cavaleiro sem cavalo já não galopas nas ruas da minha imaginação. Fugiste para um lugar diferente onde te posso tocar. Desligo a música que me corta os pensamentos e como da primeira vez uso as teclas como se fossem a minha salvação. Mas não são. São resquícios de luz, restos do sol da noite de ontem que parecia tão brilhante ainda. Não sei muito bem o que digo ainda, se a experiência da vida não me traz conhecimento, apenas a repetição, uma e outra vez, dos mesmos erros. A repetição circular das mesmas palavras. E uma pergunta surge no ar: até quando estarei presa a ti?

Wednesday, December 22, 2010

"As palavras estão gastas." Repito-me uma e outra vez. Repito-me a pensar em ti porque não tenho nada de novo para dizer, se o que sinto se mantém igual. E o meu corpo é o teu corpo. O teu toque é o meu toque e cada vez que me tocas... Cada vez que me tocas o mundo desmorona-se. A minha alma parte-se.
Cada pedaço de mim é teu. E tu sabe-lo em cada movimento, em cada beijo novo que se perde. Não sei que digo já. Às vezes o amor... Às vezes empurro-o para baixo, para cada vez mais fundo e num dia explode. Destrói todas as camadas protectoras que formei à volta do coração e faz-me tremer de novo. Faz-me ter ciúmes de novo. Faz-me rasgar as paredes de raiva. Faz-me escrever sem nexo. Faz-me repetir as palavras. "E já disse, as palavras estão gastas. Adeus."